Embora tenham sintomas semelhantes, o que diferencia estas duas condições são as circunstâncias específicas que caracteriza cada uma delas.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a depressão é classificada como uma doença psiquiátrica crónica, já o burnout, não é reconhecido oficialmente como uma condição clínica e, sim como uma síndrome diretamente relacionada com o trabalho.
As características de burnout têm sido difíceis de separar da depressão, devido à sintomatologia semelhante. Ambos os distúrbios mentais estão associados à diminuição da performance, absenteísmo, anedonia e sentimentos de inutilidade, como também, podem apresentar numa situação extrema, como ideação suicida.
Para entender melhor a diferença entre burnout e depressão, é preciso aprofundar um pouco o conhecimento sobre as características de cada um, bem como, saber os seus sintomas e o tratamento mais adequado para cada uma.
De forma sucinta, podemos dizer que a Síndrome de Burnout (SB), possui uma relação direta com o trabalho. A situação tende a ser caracterizada quando se deteta a incidência constante de situações prolongadas de stress relacionado ao ambiente de trabalho e que afeta essencialmente trabalhadores que possuem uma carga de trabalho elevada, combinado com condições de trabalho stressantes.
O burnout é um transtorno que pode ser desencadeado por condições psicologicamente insalubres, como por exemplo, ter pouca ou nenhuma autonomia para tomar decisões, injustiças ou conflitos de valor no ambiente de trabalho e até excesso de responsabilidades, em especial quando há prazos curtíssimos para trabalhos demasiadamente extensos.
Entre as causas mais comuns deste transtorno estão: o cansaço, a carga excessiva de trabalho, a falta de reconhecimento por parte dos superiores, ou mesmo um cansaço extremo, alterações da frequência cardíaca, insónia, dificuldades de concentração, alterações de apetite, dores de cabeça frequentes, além de cansaço físico e mental.
É sempre bom lembrar que burnout está associada à Tríade sintomatológica:
· Exaustão: sentimentos de stress, especificamente uma fadiga crónica resultante de demandas excessivas de trabalho. Pode traduzir-se por uma condição de cansaço extremo e constante, com a sensação contínua de estar a ultrapassar os próprios limites, sem sentir que tem os recursos necessários para lidar com essas demandas.
· Cinismo: refere-se a uma atitude apática ou distanciada em relação ao trabalho em geral e às pessoas com quem se trabalha, levando à perda de interesse pelo trabalho, sentindo que este perdeu o seu significado ou interesse. É como se houvesse uma barreira, uma autoproteção que pode inclusive ser agressiva, até mesmo quando direcionada a pessoas próximas como familiares e amigos.
· Falta de eficácia profissional: A falta de reconhecimento do esforço do empregado, pode acarretar a sensação de impotência ou de incompetência, como se o indivíduo fosse sempre completamente desqualificado para desempenhar as suas funções e não importa o que ele realize, o mesmo irá sentir-se sempre improdutivo e pouco reconhecido pelos seus superiores hierárquicos.
Tratamento do Burnout
Por ser um transtorno de ordem psicológica, o burnout demanda acompanhamento de um psicólogo, responsáveis pelo correto diagnóstico dessa condição, partindo de uma análise clínica e avaliando quais os melhores tratamentos, respeitando as peculiaridades de cada caso.
Contudo, um ponto importante é a prática regular de exercício físico e o desenvolvimento de atividades prazerosas, como por exemplo, passar tempo com a família e amigos e fazer passeios ao ar livre.
O que é depressão
Trata-se de uma patologia psiquiátrica crónica, que afeta centenas de milhões de pessoas, independentemente de idade. Alguns dos fatores mais comuns para o desenvolvimento da depressão são eventos traumáticos, stress crónico ou mesmo predisposição genética.
Alguns dos sintomas mais frequentes da depressão são: irritabilidade, cansaço, distúrbios do sono, perda do prazer (ou mesmo da líbido), ausência e vontade de fazer as suas atividades diárias, ou fazer um esforço extra para realizar as mesmas, apatia ou choro fácil, falta de memória e dificuldades de concentração.
A depressão pode ter diversos tipos de tratamento, que variam conforme o grau e intensidade da doença que, em casos mais extremos, pode culminar em suicídio.
Tratamento da depressão
A OMS recomenda que o tratamento de quadros depressivos acompanhe o nível de gravidade da doença.
Independentemente do grau da depressão, o tratamento recomendado, e os mais comuns são a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a psicoterapia interpessoal.
Contudo, nos casos de depressão moderada e grave, para além disso poderá conciliar-se com a administração de medicamentos antidepressivos, para ter um resultado mais eficaz (que tem alguns efeitos secundários como: tonturas, náuseas, aumento de peso e disfunções sexuais).
Na Clínica Alfa Saúde encontra especialistas que o ajudam seja qual for o seu diagnóstico. Tendo a possibilidade de ser acompanhado por uma equipa multidisciplinar e juntar várias terapias para um mais célere resultado.